Outra história de superação

Pouco antes das férias do meio do ano passado, chamei meus amigos pra jantar em casa. Decidi assim, em cima da hora que ia fazer nhoque, sem nunca ter feito antes, o que foi um erro terrível. Acreditei que era fácil e que conseguiria fazer mas, meu Deus, de onde eu tirei que era fácil fazer nhoque caseiro?

Fracassei. Falhei miseravelmente.

A massa não deu liga de jeito nenhum, não importava o quanto de farinha eu colocasse e lá se foi um quilo de batata. Não gosto nem de lembrar. Desvio o assunto quando um deles menciona esse trágico episódio.

Eu exijo muito de mim na cozinha e tenho uma dificuldade imensa de tolerar meus fracassos. Fico mal, triste de verdade, além da conta. Naquele dia, inclusive, me tranquei no banheiro da minha própria casa pra chorar. Eu sei, todo mundo erra e os erros são oportunidades pra aprender. Mas falar é fácil!

Aí, hoje me deu uma vontade absurda de comer nhoque, unida à dúvida comum sobre o que eu deveria almoçar. Decidi que ia tentar, dessa vez, com batata doce.

E não é que deu certo? Deu muito certo.

IMG_2789

Enquanto eu moldava o rolinho comprido e fino pra cortar o formato do nhoque senti uma alegria indescritível. Aquela alegria das pequenas coisas, das pequenas conquistas. Pequenas alegrias da vida adulta!

E eu fiz meu nhoque. Fiz minha primeira massa caseira e matei minha vontade. Além disso, superei o fantasma do nhoque fracassado de 2016.

Agora já posso chamar meus amigos de novo pra comer nhoque de verdade.

Volto a dizer que uma das coisas mais importantes que a cozinha representa pra mim é superação.

Deixe um comentário